Desejo Sexual: O Que Fazer Quando Diminui

Mulher triste

A redução do desejo sexual atinge hoje cerca de 30% das mulheres no Brasil e ocorre em sua maioria por fatores orgânicos ou psicológicos.

Dentro dos fatores orgânicos encontramos os desequilíbrios hormonais, (aumento da prolactina ou redução da testosterona e androgênio).

Este desequilíbrio pode ser resolvido com a utilização de hormônios de reposição.

Temos ainda cenários onde a mulher possui algum grau de infecção na região íntima, o que causa desconforto durante a relação sexual, levando assim a diminuição no desejo.

Existem outras possibilidades que podem ser detectadas com uma consulta simples ao ginecologista.

Procure um profissional que pode ajudar você.

 

Os fatores psicológicos que fazem o desejo sexual diminuir

Os fatores psicológicos que levam a redução de desejo sexual é um campo mais complexo. Existem diversas variações que precisam ser exploradas a fundo, de modo a encontrar as respostas corretas.

O próprio fato de querer achar a motivação negativa já é um passo muito importante.

Falar sobre sexo — principalmente com o(a) parceiro(a) — ainda é um grande tabu para algumas pessoas, mas existem comprovadamente um aumento de mulheres que procuram a orientação de psicólogos, terapeutas, sexólogos e psiquiatras para resolver suas questões, dúvidas ou dilemas.

 

Depressão

A depressão ainda é um dos fatores mais comuns na diminuição da libido feminina.

Por ser uma doença que diminui toda e qualquer motivação na vida, o sexo acaba sendo apenas um reflexo de todo este cenário.

Um tratamento psicoterápico com antidepressivos pode ser a solução indicada pelo psiquiatra.

É importante frisar que qualquer medicamento precisa ser indicado e acompanhado por um profissional.

Normalmente medicamentos deste nível, vem acompanhado de efeitos colaterais.

Alguns antidepressivos agem diretamente no desejo sexual, dificultando o orgasmo, por exemplo.

Um profissional pode indicar um medicamento que tenha pouco ou nenhum impacto na vida sexual. Basta consultar as opções disponíveis, no momento em que você se encontrar com seu médico.

Todo e qualquer caso de depressão precisa ser devidamente tratado e acompanhado.

A princípio ela não chega com o maior dos sinais, ela surge aos poucos, fique atenta. A depressão é algo muito sério, se não tomado os devidos cuidados.

 

A repressão

O modo repressiva com que o sexo feminino foi educado pode trazer uma maneira negativa para seu desenvolvimento sexual.

O homem é sempre orientado a buscar o sexo, a mulher a evitá-lo e como consequência não aprender a apreciar a relação sexual da maneira correta  acaba desenvolvendo uma barreira levando ao desinteresse.

Sem contar que se falarmos em masturbação feminina a situação complica ainda mais. Há um imenso tabu em relação a mulher se tocar para conhecer seu próprio corpo, diferente dos homens, que muitas vezes são orientados e incentivados à prática da masturbação.

Todos esses pontos nos levam a acreditar que a mulher não é educada para gostar do sexo. Já que em sua visão ele é algo que não lhe pertence. Mas isso não é verdade.

Além disso, a mulher aprende ainda, que o homem é uma ameaça à sua integridade, causando assim uma espécie de bloqueio para se entregar por completo ao seu parceiro.

Concluímos então que se uma mulher não é apresentada ao sexo da maneira correta, não conhece seu próprio corpo e teme em se entregar ao homem, obviamente é impensável em uma relação sexual saudável e prazerosa.

 

A maternidade

É bem comum, após o parto, a mulher passar por crises de depressão devido às variações hormonais, além disso, o casal pode encontrar nos 9 meses de gestação inúmeros conflitos psicológicos.

É bastante comum o marido enxergar a mulher grávida como um ser puro, intocável, que deixa de despertar desejos carnais: Ela passa, aos seus olhos, de mulher-esposa, para mulher-mãe.

 

Traumas

Quando a mulher sofre algum trauma de infância, abuso sexual ou sentimento de culpa por algum motivo qualquer, isso ocasiona a diminuição de desejo carnal.

Mas sem dúvida nenhuma a disfunção sexual passa pela qualidade de vida conjugal.

Um relacionamento abusivo, onde não existe respeito e diálogo, não é um campo próspero para uma relação sexual saudável, afinal, quando algo não é bom, deixamos de fazer, e não sentimos a menor falta.

Brigas, discussões, maneiras de criar filhos, conflitos com as famílias, tudo isso existe (ou é possível de existir) em um relacionamento a dois. Porém, a diferença está na maneira como isso é tratado.

Se o casal busca sempre o diálogo franco e sincero, ambas as partes se dispõem a entendem que é preciso ceder um pouco para que exista um consenso, se o respeito ao espaço e a privacidade do outro é levado sempre em conta, o casal consegue manter um ambiente agradável, harmonioso e saudável sexualmente.

Agora, se isso não existe, se alguma das partes tenta sempre se impor, não há um respeito e as brigas acabam em ofensas e ameaças, o tesão acaba se desgastando, junto com o relacionamento.

Para todos estes pontos que tratamos, é altamente recomendada a terapia, seja terapia de casal ou individual, conforme o caso e a gravidade da situação.

Um terapeuta é a pessoa que está ali para ajudar e ouvir o que você tem a dizer.

Ele vai buscar sempre entender o que está acontecendo e orientar da melhor maneira possível. Se for o caso de uma terapia de casal, procure sempre deixar claro para o cônjuge o motivo da sessão. Não tenha medo de falar nada e abra seu coração.

 

Concluindo

É extremamente importante trabalhar autoestima, assertividade, repressões sexuais e auto-confiança durante as sessões, lembre-se que ali você não tem um estranho, tem um amigo.

Se caso você tenha sido vítima de abuso sexual, recente ou na sua infância, não hesite em falar, o silêncio não melhora as coisas e com certeza contar vai causar muito mais bem do que mal.

Com estes dois profissionais caminhando juntos, terapeuta e ginecologista, garanto que você terá grandes possibilidades de retomar o prazer sexual pleno, tendo assim, momentos inesquecíveis com seu parceiro.

Guia Completo de Como Apimentar a Relação

38 anos, casada e mãe. Acredito que toda mulher é Única, por isso criei a Eu Única. Estou sempre me reinventando. Aprendiz na área de sexualidade e relacionamentos.

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